Cidade do México, 2 de jul de 2019 às 13:30
A Guarda Nacional Cristera realizou no dia 29 de junho sua peregrinação anual à Basílica de Guadalupe, no México, com a participação de comitivas de diversas partes do país e com familiares de cristeros falecidos.
A peregrinação partiu por volta das 16h (horário local) do cruzamento da avenida Euzkaro e da Calzada de Guadalupe.
Peregrinação da Guarda Nacional Cristera à Basílica de Guadalupe. Crédito: Cortesia / Guarda Nacional Cristera.
Já no santuário guadalupano, a Guarda Nacional Cristera participou da Santa Missa na Antiga Basílica de Guadalupe (hoje Templo Expiatório de Cristo Rei), às 17h.
Em diálogo com o Grupo ACI, Juan José Ramírez, conselheiro da Guarda Nacional Cristera, assinalou que chegaram à peregrinação grupos de diversas cidades, como Toluca, Cuernavaca, Tijuana, Altos de Jalisco, San Juan de los Lagos, San Miguel el Alto, Guadalajara e Sahuayo.
Relíquias dos mártires da Guerra Cristera acompanha a peregrinação. Crédito: Cortesia / Guarda Nacional Cristera.
“Foi uma experiência muito bonita”, disse e destacou que “o templo foi lotado, havia gente de pé”.
Na celebração da Missa, explicou Ramírez, foi utilizado um cálice com um simbolismo muito especial. Feito em 1962, seu designer se inspirou na história de que a atual Catedral de São Juan de los Lagos, no estado de Jalisco, não se fechou totalmente ao culto durante a perseguição religiosa no início do século XX.
Os peregrinos continuaram visitando o templo e a imagem da Virgem de San Juan de los Lagos foi retirada somente em ocasiões nas quais corria grave perigo, e era resguardada em casas próximas.
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Simbólico cálice usado na Missa da peregrinação da Guarda Nacional Cristera à Basílica de Guadalupe. Crédito: Cortesia / Guarda Nacional Cristera.
O desenho do cálice recorda, assim, que a Virgem Maria estava “à vista, mas resguardada” na Catedral de San Juan de los Lagos.
A Guarda Nacional Cristera tem suas raízes na Guerra Cristera do início do século XX, pois foi instaurada em 1928 pelo general Enrique Gorostieta Velarde, histórico líder das forças que se levantaram em armas contra o governo anticlerical de Plutarco Elías Calles.
Peregrinação da Guarda Nacional Cristera à Basílica de Guadalupe. Crédito: Cortesia / Guarda Nacional Cristera.
Embora a Guerra Cristera tenha terminado oficialmente em 1929, a perseguição e assassinatos contra líderes cristeros persistiram durante mais alguns anos. Em 1951, convocada pelo sucessor de Gorostieta, o general Jesús Degollado Guízar, a Guarda Nacional Cristera se reuniu novamente.
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— ACI Digital (@acidigital) June 25, 2019